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SÃO GONÇALO
SÃO GONÇALO

 


Os Mistérios das Terras de Além Mar

 mapa

Fonte: http://professorzericardo.blogspot.com.br/

 


 

     A região onde está situado o município era primitivamente habitada por índios tamoios, que foram surpreendidos pelos primeiros conquistadores portugueses e franceses. São Gonçalo foi fundado em 6 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves. Seu desmembramento iniciado no final do século XVI foi efetuado pelos jesuítas, que instalaram uma fazenda na zona conhecida como Colubandê, no começo do século XVII, às margens da atual rodovia RJ-104.    

      Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria (terras doadas pelo reino Português) foi posteriormente transferida para as margens do rio Imboaçu, onde construiu-se uma capela, monumento atualmente restaurado. Já o conjunto de marcos históricos remanescentes do século XVII, inclui: a “fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança”, em Ipiíba, a propriedade do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno, a “capela de São João”, no Porto do Gradim e a “Fazenda da Luz”, em Itaóca. Todos esses monumentos hoje são lembranças do passado colonial de São Gonçalo. 

 igreja

Igreja Matriz no Centro de São Gonçalo


 

     Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo é emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, através do decreto estadual nº 124. Em 1892, o decreto nº 1, de 8 de maio, suprime o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo breve período de sete meses, sendo restaurado pelo decreto nº 34, de 7 de dezembro do mesmo ano. Já em 1922, o decreto 1797 concede-lhe novamente foros de cidade, revogada em 1923, rebaixando-se assim à categoria de vila. Finalmente, em 1929, a Lei  nº  2335, de 27 de dezembro do mesmo ano, devolveu ao município seu status.             


 

Quadro Histórico

1579

6 de abril

Sesmaria

1644

26 de outubro

Criação da Freguesia

1645

22 de janeiro

Freguesia (pedido de jurisdição)

1647

10 de janeiro

Freguesia (confirmação)

1819

10 de maio

Suspensão da condição de Freguesia; passa a distrito de Niterói

1890

22 de setembro

Elevação a Vila e Município

1890

12 de outubro

Instalação do Município

1892

08 de maio

Supressão do Município

1892

17 de dezembro

Restauração do Município

1922

20 de novembro

Elevação à Cidade

1923

 

Suspensão da condição de Cidade; retorno a condição de Vila

1929

27 de dezembro

Restauração da condição de Cidade

    A partir de então (1929), o Município de São Gonçalo iniciou de forma mais tranquila, sua trajetória rumo ao progresso e ao sucesso. 


cinema paraiso

Acervo. Facudade de Formação de Professores. UERJ


       Em 1943, ocorre nova divisão territorial no Estado do Rio de Janeiro e desta vez, São Gonçalo perde o Distrito de Itaipú para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco distritos, quais sejam: São Gonçalo (sede), Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes, que permanecem na cidade até os dias atuais. 

    Neste mesmo período, nas décadas de 40 e 50, inicia-se a instalação em grande escala, de fábricas e indústrias na cidade. Seu parque industrial era o mais importante do estado, o que lhe valeu o apelido de Manchester Fluminense (uma referência à cidade de Manchester, na Inglaterra, caracterizada pelo seu grande desenvolvimento industrial).

 


São Gonçalo do Engenho


      Em São Gonçalo, cerca de 30 engenhos operavam em 1860. Portos como o de Guaxindiba, Boaçú, Porto Novo, Porto Velho e Porto de São Gonçalo viveram dias de grande movimentação e hoje passam à história do município, dando nomes a bairros da cidade na atualidade. Desta época, as Fazendas do Engenho Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde Beaurepaire Rohan na Covanca (1820).

engenho

Imagem clássica dos Livros didáticos brasileiros representando o engenho de cana de açúcar 


     Ainda no século XIX se inicia a difusão da produção cafeeira que foi responsável pelo povoamento do planalto fluminense. Algumas mudas de café chegaram ao Brasil, vindo da Guiana Francesa.

   O primeiro lugar a ser plantado café foi em São Gonçalo, porém o plantio não vingou devido ao tipo do solo; apesar disso o cultivo do café se expandiu pela Serra do Mar, indo em direção as terras mineiras e paulistas. Tivemos uma fraca expansão cafeeira, mas a experiência nos trouxe benefícios, como a ampla construção de ferrovias, o que facilitou o escoamento e o recebimento de produtos. O trecho da ferrovia Porto das Caixas (em Itaboraí – cidade vizinha) até o Distrito de Neves foi o responsável pela formação de aglomerações humanas e vilas que utilizavam as estações de Guaxindiba, São Gonçalo e Porto da Madama.

 

plantação de café

      Marc Ferrez. 1885.Coleção Gilberto Ferrez. IMS. Foto Ilustrativa /Imagem do final do XIX, quando a fazenda    pertencia à família Ferreira Leite Guimarães 

 


     Em 1895, inaugura-se uma ferrovia que fazia o trajeto de Neves com a Cidade vizinha, Maricá. Eram duas as estradas de ferro que possuíamos nesta época: Leopoldina e Maricá.

  Os dois vetores ferroviários acima mencionados, definiram e foram responsáveis pelo seu desenho urbano observado na cidade, que se inicia em torno das estações dos trens e segue por suas margens.

  Posteriormente houve um processo de ocupação urbana nas proximidades das estradas que cortam a cidade.

ferrovia

Fonte:face/sao goncalo antigo


 

     Atualmente a cidade cresce mais amplamente em todas as direções. A partir de 1929 passaram a fazer parte da cidade os pitorescos bondes a vapor. Pequenos trens da “Tramway Rail  fluminense”, que faziam o trecho de Neves a Alcântara. Por curto período, na década de 1930, um novo produto agrícola para exportação aparece por aqui e em outras cidades: a citricultura (laranjas e limões).

   

neves


    No período da II Guerra Mundial (1939-1945) São Gonçalo cresce de forma meteórica. Suas grandes fazendas vão aos poucos sendo desmembradas em sítios, chácaras e terrenos de uso urbano e nos tornamos solo fértil para o desenvolvimento.

sg 1939 pronto socorro


 

 joaquim lavoura

Joaquim de Almeida Lavoura

 


 


 

 

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